Trabalho interdisciplinar de Portugês e PNL : -Biografias-"Anne Frank"

Trabalho realizado por:
João Nunes 6ºA

ANNE FRANK



Annelisse Maria Frank, mais conhecida por Anne Frank, nasceu em Frankfurt am Main (Hesse) a 12 de Junho de 1929.
Anne Frank era a segunda filha de Otto Heinrich Frank e de Edith Frank-Holländer. Pertencia a uma família judia.
O pai de Anne Frank era um homem de negócios e um oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1934, quando o nazismo intensificou as perseguições aos judeus, a família de Anne Frank mudou-se para Amesterdão (Holanda).
Anne e sua irmã Margot foram matriculadas em escolas locais. Anne era mais adepta da leitura e redacção enquanto, Margot era mais dedicada à matemática.
Em Maio de 1940, a Alemanha nazi invadiu e ocupou a Holanda. Os judeus que viviam na Holanda passaram a ser vítimas de descriminação. As crianças judias não podiam estudar com as outras não-judias. Por esse facto, Anne e Margot tiveram que ser transferidas para um colégio judaico.
No dia 12 de Junho, data em que completou 13 anos, Anne Frank recebeu, de seu pai, como presente um livro. Tratava-se de um livro de autógrafos que, Anne passou a utilizar como diário. Embora, inicialmente, Anne apenas registasse os factos relacionados com o dia a dia, com o passar do tempo começou a registar as dificuldades enfrentadas pelos judeus devido à ocupação nazi.
Em Julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de teria de se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir a esse destino, a família mudou-se para um esconderijo no prédio onde o pai tinha o seu escritório.
Numa tentativa de enganar os nazis, a família deixou o apartamento todo desarrumado passando uma imagem de que tinham fugido apressadamente. Para além disso, o pai de Anne deixou um bilhete (como pista falsa) que dava a entender que teriam viajado para a Suíça.
O prédio onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares com escritórios, um moinho e depósitos de grãos. O esconderijo tratava-se de um anexo situado nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo foi colocada uma estante de livros na frente da porta que dava para o anexo.
A montagem do esconderijo contou com a ajuda de quatro funcionários do pai de Anne: Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl (praticamente as únicas pessoas a saberem deste esconderijo).
Anne Frank e a sua família, juntamente com mais quatro pessoas (Peter, Dussel, Sr. e Srª Van Daan), viveram 25 meses, durante a Segunda Guerra Mundial, neste anexo que foi denominado como Anexo Secreto.
Enquanto vivia neste Anexo, Anne Frank escrevia no seu diário (a que deu o nome de Kitty). Neste diário, Anne Frank, escrevia o que sentia, pensava e fazia. Nele é também reproduzida e história dos seus oito habitantes e das pessoas que os ajudaram a esconder-se durante a guerra. Kitty e depois Peter eram os seus únicos amigos dentro do Anexo Secreto.
Na manhã de 4 de Agosto, a polícia nazi invadiu o esconderijo após denúncia por parte de um informador. Todos os refugiados (inclusive amigos da família) foram transportados em camiões e levados para interrogatório.
Miep Gies e Bep Voskuijl foram libertados tendo voltado ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão, para além de álbuns de fotografias da família. Estes amigos reuniram e guardaram todo o material com o intuito de o devolverem a Anne logo que a guerra terminasse. Mas, tal nunca veio a suceder.
Anne e a sua família foram transportados para o campo de concentração de Auschwitz, na Polónia . Mais do que um campo de concentração, Auschwitz era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todas as pessoas que não pudessem trabalhar eram separados dos outros e exterminados de imediato.
Dos 1.019 prisioneiros que foram transportados no mesmo comboio de Anne, 549 (incluindo crianças) foram separados dos outros para serem mortos em câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Foi desta forma que Otto, pai de Anne, perdeu o contacto com a mulher e as filhas.
Anne, juntamente com as outras prisioneiras destacadas para os trabalhos forçados, foi obrigada a ficar nua para ser “desinfectada”. Para além disso, raparam-lhe o cabelo e tatuaram-lhe um número de identificação no braço. Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar e, à noite eram reunidas em barracas geladas e apertadas. Com as péssimas condições de higiene existentes começaram a aparecer doenças.
No dia 28 de Outubro de 1944, Anne, Margot (sua irmã) e outras pessoas foram transferidas para outro campo de concentração localizado em Bergen-Belsen. Anne e Margot foram desta forma separadas da mãe (que permaneceu em Auschwitz).
Em Março de 1945, uma epidemia de tifo assolou o campo de Bergen-Belsen.
A 31 de Março de 1945, nove meses após a sua deportação e com apenas 15 anos, Anne Frank morre vítima de tifo em Bergen-Belsen. A irmã, Margot, tinha morrido dias antes vítima da mesma doença e de subnutrição. Os corpos de ambas foram atirados para uma pilha de cadáveres e então cremados.
A 3 de Abril de 1946, o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank através de um artigo intitulado Kindersterm (“A voz de uma criança) publicado no jornal holandês Het Parool que contava com trechos do diário da menina que tinha sido morta num campo de concentração.
Foi o pai de Anne Frank (único sobrevivente após a guerra entre as oito pessoas que habitavam o Anexo Secreto) que tomou a iniciativa de publicar o diário.
O diário de Anne Frank, guardado durante a guerra por Miep Gies, foi publicado pela primeira vez em 1947. O sucesso da obra foi de tal forma que, em 1950, foi lançada uma segunda edição. O “Diário de Anne Frank” está, actualmente, traduzido em 68 línguas com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
O livro que começou como um simples diário de adolescente tornou-se num comovente testemunho do Holocausto e do terror nazi.
O Anexo Secreto onde Anne Frank e a sua família se refugiaram é hoje um famoso museu graças à publicação do diário.

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